Cripto na corretora não é seguro

Julho 15, 2022 0 Por ALAN RODRIGUES

Criptomoeda é investimento

     Muita gente é atraída para o Bitcoin ou criptos em geral como uma forma de se proteger da inflação, ou contra as políticas financeiras destrutivas dos governos ou simplesmente porque entendem que é uma forma de ficar rico. Seja qual for o motivo para você entrar nessa classe de ativos, a primeira coisa que você precisa saber é que você deve cuidar do seu capital e fazer sua própria custódia.

     Isso pode parecer desconfortável no primeiro momento, já que estamos acostumados a deixar nosso dinheiro no banco, as escrituras das ações na custódia das corretoras de valores, mas o propósito das criptomoedas é justamente outro: Não precisamos de intermediários para transações utilizando criptomoedas.

     Quando você descobre que terá que cuidar diretamente do seu patrimônio já começam a bater algumas inseguranças e dúvidas sobre como fazer isso. Como é necessário estudar e entender o processo, muita gente desiste aqui e toma a decisão de deixar suas criptos na corretora. Porém, o risco é muito grande e eu trato sobre isso no vídeo abaixo. Assista:

 

Você é seu próprio banco!

     Essa é uma máxima do mercado muito repetida por quem é adepto da tecnologia das criptos.

     Ser o próprio banco significa que você é o único responsável pela custódia e segurança dos seus ativos. E logo vem a pergunta: Beleza, como fazer isso?

     O primeiro passo é você entender que suas criptos estão registrados na blockchain em uma conta (que pode ser sua ou da corretora) e que essa conta pode ser controlada a partir de uma chave privada, que pode ser entendida como a senha do banco.

     Em seguida você precisa escolher em qual tipo de carteira você irá armazenar as suas contas e senhas, e pra isso você tem basicamente duas opções: Hot wallet (carteira quente) ou Cold wallet (carteira fria).

     Antes de te explicar a diferença entre os tipos de carteiras, é importante dizer que a utilidade de ambas é a mesma: armazenar os pares de chaves (público e privado) que permitem a movimentação de criptomoedas pela blockchain. Muita gente acredita que a wallet armazena as criptos, mas isso é um erro. Suas criptos estão sempre na blockchain, e a wallet simplesmente armazena as senhas que vão autorizar transações. 

Hot Wallet

     Uma carteira “quente” ou hot wallet é um software instalado no seu computador, browser ou celular que armazena as suas chaves privadas (ou senhas) para autorizar as movimentações de suas criptos.

     Esse tipo de carteira tem uma vulnerabilidade de estar sempre exposto à internet, e por isso, o usuário deve ter um cuidado redobrado com a segurança. É fundamental a utilização de um bom antivirus, não entrar em sites suspeitos e nunca clicar em links desconhecidos.

     No entanto, o usuário estará sujeito à ações de hackers, e por mais cuidadoso que seja, basta lembrar que grandes instituições (como bancos, por exemplo) já sofreram perdas milionárias por ações de invasores. Isso nos leva à uma questão de segurança, e por consequencia ao outro tipo de carteira.

Cold Wallet ou Hardware Wallet

     A carteira “fria” ou cold wallet ou hardware wallet é um dispositivo físico que armazena as suas chaves privadas que são mantidas sempre offline.

     A função da carteira é a mesma que a hot wallet, porém, exige que o usuário aperte um botão no dispositivo cada vez que uma transação é iniciada. Seria análogo aos tokens que os bancos dispobinilizam para se assegurar que é realmente o dono da conta que está fazendo uma transação.

     Essa é a forma mais segura de fazer a custódia de criptomoedas. 

Como adquirir a sua?

     Existem vários modelos de hard wallet que vão cumprir a função de manter seus ativos seguros, e vou destacar aqui 3 marcas que são as mais vendidas no mundo. Você pode encontrar modelos destas marcas na Guarde Cripto.

Ledger

Trezor

SafePal

     A cold wallet é um investimento obrigatório para quem deseja utilizar as vantagens das tecnologias de criptomoedas e se proteger contra os reflexos das ações do governo no dinheiro fiduciário. No fim das contas, a única forma de protegermos o nosso capital é sendo nosso próprio banco e tirar o governo das nossas finanças.