Trezor ou Leger – Qual a melhor?
As duas hardware wallets mais conhecidas e utilizadas no mundo dividem opiniões sobre usabilidade, design e eficiência, mas não deixam margem para dúvidas quanto à segurança.
Vamos à um comparativo entre Ledger Nano S e Trezor One, e no final, minha opinião pessoal sobre qual a melhor cold wallet para armazenar criptos e operar com defi.
Trezor Model One
Essa é uma hardware wallet fabricado pela empresa Satosh Labs e vem sendo desenvolvida há 9 anos. Essa foi a primeira hardware wallet.
Esse é um dispositivo feito em plástico com dimensão de X por Y e uma tela oled em preto e branco que se conecta ao seu computador por cabo USB e usa como interface o software Trezor Suit.
SEGURANÇA:
Em primeiro lugar, a trezor one faz uma verificação de firmware que só permite acessar o dispositivo se tiver a assinatura da Satosh Labs, não dando espaço para updates maliciosos.
Se a verificação de firmware perceber uma assinatura errada, o bootloader vai apagar a memória do dispositivo.
Além disso, o dispositivo é fabricado com um sistema de solda ultrassônica, que se alguém tentar abrir pra alterar algo, ele será destruído.
E qualquer transação envolvendo chave privada só pode ser feita após a introdução do PIN.
Por falar em chave privada, a Trezor suporta o BIP39 passphrases, que permite adicionar uma palavra extra na sua seedphrase e ai você pode preparar a famosa “carteira do ladrão”.
Um outro ponto positivo para a Trezor é que o código do dispositivo é open source. Eu vou deixar o link na descrição caso você queira conferir o código inteiro.
Agora falando sobre o suporte à diferentes redes e moedas.
Neste quesito, a trezor deixa a desejar porque ainda não tem suporte à Cardano, XRP, Tezos, Monero e outras.
USABILIDADE:
Ao conectar o dispositivo no computador via cabo USB, você vai precisar introduzir o PIN clicando na tela nos números correspondentes mostrados na tela da Trezor.
As principais hot wallets (como a metamask, por exemplo) permitem a utilização da trezor.
Ledger Nano S
Essa é hardware wallet mais famosa do mundo com mais de 3.000.000 de usuários e assim como a Trezor, eles implementam um recurso avançado pra garantir suas chaves privadas em segurança.
O dispositivo processa um elemento criptográfico de proteção que é usado no momento da configuração da carteira através do software Ledger Live. Se o dispositivo não for genuíno, com essa criptografia instalada na fábrica, o software não permite a conexão com os servidores da Ledger. Esse elemento é o mesmo utilizado em passaportes.
Até hoje não há nenhum hack conhecido em nenhum dispositivo. Portanto, no quesito segurança, ela passa com sobra.
Quanto a usabilidade, a nano S é parecido com a Trezor one, com dois botões no dispositivo para confirmar as transações e uma tela de led.
Uma diferença em relação à Trezor, é a necessidade de instalar aplicativos da rede pra você trabalhar com diferentes criptos.
E aqui entra a limitação da Nano S, já que ele tem capacidade pra instalar até 3 aplicativos por vez, e se você é usuário de defi, por exemplo, que usa muitas redes, vai precisar desistalar uma delas pra instalar a outra (claro, sem perder os fundos no processo).
Sobre o software da Leder, o Ledger Live, ele é bem clean a tem funcionalidades a mais que o Trezor Suit, como comprar, fazer swap ou até staking diretamente no ap sem a necessidade de usar softwares adicionais. Além disso, o software tbm está disponível pra smartphone e você pode conectar via cabo USB.
Opinião
Por conta da facilidade no momento da introdução do PIN e já iniciar a utilização do dispositivo (sem a necessidade de liberação pelo software) eu prefiro a Ledger Nano S. Com certeza essa preferência está ligado ao fato de eu utilizar muitos protocolos defi, e eventualmente utilizar outros computadores que não o meu, e neste caso eu sou dispensado de instalar a Ledger Live ou o Trezor Suit, o que não acontece se eu estiver usando o dispositivo da Trezor.
E você, qual das duas prefere? (escreve ai nos comentários)
Eu sou enngenheiro mecânico e ex-jogador profissional de poker que resolveu estudar aplicação de estatísticas na execução de trades no mercado brasileiro de ações, e apaixonado por soluções de criptografia e, claro, pelo Bitcoin e pela liberdade que ele promove.